Opinião

Cenário energético no Brasil: a próxima onda de oportunidades

O Brasil está prestes a tomar consciência do potencial de seus abundantes recursos energéticos

Por Redação

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O Brasil está prestes a tomar consciência do potencial de seus abundantes recursos energéticos. Em 2016, a produção brasileira de petróleo aumentou pelo terceiro ano consecutivo, batendo um novo recorde de produção de 2,65 milhões de barris por dia. O país também possui imensas reservas de petróleo e gás, algumas delas longe de serem totalmente aproveitadas, sobretudo offshore. Da mesma forma, o desenvolvimento de energias renováveis, como a energia eólica, continua aumentando com rapidez, em particular na região Nordeste do país.

No entanto, para lucrar de forma sustentável e garantir o sucesso no futuro com essas oportunidades na área de energias renováveis de petróleo e gás, investimentos em tecnologia e parcerias estratégicas serão fundamentais.

Operações de petróleo e gás otimizadas com automação e digitalização

Mesmo com a tendência de aumento nos investimentos no setor de petróleo e gás, o mercado brasileiro continua com desafios em várias frentes: a necessidade de atender aos padrões de segurança mais elevados, a intensa concorrência no mercado global e a demanda dupla de aumentar a produtividade e diminuir os custos de investimentos.

A boa notícia é que já existe uma grande variedade de soluções, incluindo tecnologias que podem aumentar a eficiência e modernizar os processos. A tecnologia de automação simplifica as operações e requer menos funcionários no local, garantindo uma vantagem de custo particularmente importante para locais de produção remotos e offshore. Além dessas oportunidades, a digitalização está recebendo aceitação e adoção mais rápida no setor de petróleo e gás. Com a coleta e análise dos dados, por exemplo, as empresas podem transformar grandes quantidades de informações em decisões operacionais mais rápidas e eficazes.

A função do gás natural

Para o futuro mix energético do Brasil, o gás natural em particular terá um papel decisivo. O desenvolvimento contínuo das infraestruturas de fornecimento de gás e a importação de gás natural liquefeito (GNL) garantem um abastecimento seguro e estável. As usinas a gás de ciclos combinados altamente eficientes são fontes energéticas confiáveis e acessíveis, com a menor pegada de carbono convencional, fazendo delas a solução ideal para abastecer diretamente as principais cidades do litoral e compensar a disponibilidade reduzida e a flutuação sazonal das hidrelétricas, que são dominantes no mix energético do país.

Estima-se que o Brasil se torne um exportador de energia líquida nos próximos anos. O maior desafio é preparar o país para esse crescimento de forma sustentável e com uma rede de energia predominantemente limpa. Embora as hidroelétricas ainda sejam a fonte principal de eletricidade, elas não são suficientes para fornecer toda a energia de que o país precisa. A criação de uma rede balanceada só será possível usando o mix certo de todas as fontes, incluindo energia eólica, solar, biomassa, gás, entre outras.

Agora é o momento ideal para começar a aproveitar as várias oportunidades que o país oferece, implementando as tecnologias certas e com os parceiros certos.

Lisa Davis é membro do conselho de direção da Siemens AG

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