O Ministério de Minas e Energia (MME) enviou à ANP, na sexta-feira (1), a alegação da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) sobre a falta de diesel no estado de Mato Grosso, com solicitação de apoio para resolver a questão. Na carta enviada ao MME, a Ampa solicita a retomada do fornecimento de diesel e um cronograma firme da Petrobras para o esclarecimento do problema.
De acordo com a entidade, a demanda de diesel estimada para a colheita de algodão safra de algodão 22/23 – 70 milhões de litros para a colheita , bem como transporte para beneficiamento, para indústrias e portos, e 180 milhões de litros na preparação dos solos para o plantio da nova safra de soja safra 23/24. De acordo com a associação, o plantio citado iniciará em meados de setembro, abrigando, em sequência, o algodão e o milho das safras 23/24.
“A falta de produto, aliado ao significativo aumento de preço, inclusive especulativo gerado pela
escassez, atrapalha enormemente a produção do algodão em fardo e os embarques previstos e atrasa sobremaneira o processo de preparação dos solos podendo comprometer a primeira janela de plantio”, apontou a associação.
Procurada pelo PetróleoHoje, a assessoria da Petrobras explicou que a companhia não reduziu sua oferta de diesel. A companhia disse estar cumprindo suas obrigações junto às distribuidoras, entregando todo o volume contratado.
“O mercado nacional é atendido por diversos atores além da Petrobras (distribuidoras, importadores, refinadores, formuladores), que produzem e importam combustíveis com frequência, sendo responsáveis também pelo pleno atendimento do mercado. A Petrobras não tem informação sobre a oferta de produto dos demais agentes que abastecem o mercado”, completou a estatal.
Fundada em 1997, a Ampa possui o objetivo de auxiliar os produtores a encontrar soluções para os problemas e desafios do plantio do algodoeiro no cerrado. Em seu sistema, há 377 associados, 22 cooperativas e 139 algodoeiras.