Os modelos híbridos e o pagamento adiantado serão fatores-chave para o sucesso de contratos de FPSOs no futuro, afirmou Rodrigo Medeiros, diretor Financeiro da SBM Offshore, durante o painel Financing Challenges of the Oil and Gas Industry in the Energy Transition Era, realizado nesta quarta-feira (25) na OTC Brasil 2023.
“Os grandes bancos não querem mais financiar projetos de O&G ou querem financiar por menos tempo do que antes [no âmbito do contexto da transição energética]. O que a SBM tem feito é olhar as oportunidades de mercado e diversificado as suas fontes”, afirmou o executivo.
“Os bancos nacionais e regionais possuem um papel importante nessa equação com a saída de alguns bancos grandes. Mas os projetos offshore, principalmente no Brasil, são importantes para trazer estabilidade à demanda futura do mercado. Em questão de recursos, o Brasil está muito a frente dos outros países”, afirmou Leppert.
“As estratégias de financiamento devem ser híbridas. Não existe uma bala de prata, uma solução que alcance todos os clientes”, completou Luiz Torres, diretor de Finanças Corporativas da TechnipFMC. “Para sustentar a demanda de FPSOs no longo prazo, várias soluções serão necessárias”, concluiu Medeiros.
A Ocyan, por exemplo, está procurando um sócio investidor para concorrer no bid de Sergipe Águas Profundas, conforme publicado pelo PetróleoHoje. Caso consiga a garantia financeira, a ideia é participar de apenas uma das duas licitações – SEAP 1 ou 2 -, já que o valor combinado delas é de cerca de US$ 7 bilhões.